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Uma cidade junto ao mar que faz lembrar Génova, um obscuro caso de polícia, um cadáver anónimo, um homem que toma a iniciativa de tentar descobrir-lhe a identidade. Mas a investigação de Spino, o detective da história, não segue uma lógica de causa/efeito. Em vez das aparências visíveis ele procura os significados que estas aparências contêm, e a sua investigação corre sobre o fio ambíguo que separa o espectáculo do espectador. E assim, a investigação de Spino começa a descarrilar e da indagação sobre uma morte desliza para o plano das razões secretas que guiam uma existência, transformando-se numa espécie de queda livre, simultaneamente vertiginosa e inevitável: uma busca de cortar o fôlego na direcção de um objectivo que, como o fio do horizonte, parece afastar-se sempre de quem o persegue.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Excerto do filme Fio do Horizonte, Fernando Lopes (1993):

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